Mateus 11:5 Este texto fala em mortos que haviam ressuscitado. Quantos seriam? Não sabemos mas este versículo leva-nos a concluir que no tempo de Jesus houve mais milagres de ressurreição do que aqueles que conhecemos. Compare com João 21:25.
Consideremos agora as três ressurreições que nos relatam os Evangelhos.
1 - O filho da viúva de Naim (Lucas 7:11-15) – Ele falou!
Logo após a sua ressurreição, o jovem começou a falar. Sabemos que um morto não fala! Nem louva o Senhor (Salmo115:17). Um morto é como uma estátua: tem boca mas não fala (Salmo 115:5).
Já tenho ouvido a expressão "deuses mortos". Ainda não encontrei na Bíblia, mas quem sabe se existe? Realmente, parece-me que não existem deuses mortos. Tal indicaria que esses deuses já tinham estado vivos, porque só morre quem estiver vivo!
Falar é uma das evidências de vida! A mulher samaritana recebeu vida junto a um poço e provou que estava viva… falando do Dador da VIDA!!
Saulo de Tarso recebeu vida, tendo um encontro com Príncipe da VIDA, na estrada de Damasco e hei-lo a falar dessa VIDA na cidade (Actos 9:19-22).
Contava o amado e saudoso pastor João S. Hipólito, que foi salvo aos 18 anos na cidade de Lisboa, que na noite da sua conversão, ao chegar a casa foi ao quarto dos pais (que na altura não eram crentes) que já estavam a dormir, para lhes contar a sua maravilhosa experiência de conversão.
Um negociante de peixe, na cidade de Portimão, foi salvo pelo Senhor num culto. Na manhã seguinte lá estava ele, como era habitual, fazendo o seu negócio. Mas agora só falava da salvação que recebera de Jesus. Foi de tal maneira que telefonaram para a sua esposa que o viesse buscar, pois não estava "bom da cabeça". Só falava em Deus, em Jesus, na Salvação!!!
Lembramos que está escrito em Salmo116:10; II Cor. 4:13.
2 - A filha de Jairo (Lucas 8:54, 55) – Ela alimentou-se!
O Senhor Jesus deu vida a esta menina e a seguir ordenou que lhe dessem de comer. Cabe-nos a nós cuidar dos vivificados. Quem nasceu carece de alimento e de todo o cuidado (I Pedro 2:2). Uma árvore plantada se não for regada pode morrer (secar) (I Cor. 3:6-8).
Jesus mandou a Pedro que apascentasse os seus cordeiros (João 21:15). Lembro que por vezes no "meu" Alentejo, via o pastor com um cordeirinho no seu regaço. Era muito novinho para acompanhar o rebanho.
Uma senhora que estava dando a luz, quando finalmente a criança nasceu, exclamou: "Já acabou!" O médico que estava presente disse: "Não minha senhora, não acabou, começou! Tem agora um bebé ao seu cuidado!" Quando uma pessoa manifesta que aceita Jesus como Salvador, o seu nome pode estar no livro dos registos, isso não é um fim, mas um princípio. Desde ai temos um "bebé" na família.
Jesus, em certa ocasião, estava com milhares de pessoas famintas a Sua volta. O lugar era deserto. Os discípulos alertam Jesus para o problema. Jesus responde-lhes"Dai-lhe vós de comer" (Mat.14:15,16). O milagre produzido foi obra do Senhor Jesus. O trabalho que se seguiu foi dos discípulos. Eles repartiram o alimento, dando de graça o que de graça tinham recebido (Mat.10:8). E esta é a nossa missão, no tempo que se chama HOJE!
O samaritano, movido de intima compaixão, levou o caído, despojado, espancado e meio morto para um lugar seguro. Ali ordenou que cuidassem dele:"Cuida dele e tudo o que de mais gastares, eu te pagarei quando voltar" (Luc. 10:35) CUIDAR é também o nosso ministério.
Zenas, doutor da lei, seria um novo convertido? (Tito.3:13). Ler também em I Pedro 5:2 e em Fil. 2:20,21.
Que nenhum novo crente possa dizer com razão:"Ninguém cuidou da minha alma" (Salmo 142:4)
Como o rei David cuidou de um estrangeiro que encontrou caído, doente, faminto e sedento. que já havia três dias e três noites que não comia nem bebia (I Samuel.30:11 - 18). Quão útil foi este homem no empreendimento que David tinha pela frente.
Nunca se sabe o que virá a ser aquele novo crente de que estamos cuidando. Especialmente se for um jovem ou uma criança. Certo pastor, ao regressar a casa, disse à sua esposa: "Hoje entregaram-se a Jesus uma alma e meia". A esposa perguntou: "Foi um adulto e uma criança?" Ele respondeu: "Sim, mas a alma foi a criança e a meia alma foi o adulto, com mais de 70 anos."
Não pensariam os pais de Moisés que aquele menino, condenado à morte antes de nascer e de quem cuidaram com tanto amor, pondo em risco a sua própria vida, viria a ser o maior líder de Israel (Hebreus11:23 - 26)? Alguém disse que os pais de Moisés fizeram duas arcas, na sua meninice: uma para o proteger das aguas mortíferas do rio Nilo, e outra para o proteger do gozo do pecado e dos tesouros do Egipto.
Lembramos também a mãe e a avó de Timóteo, ensinando-lhe as Sagradas Letras desde a sua meninice II Tim. 1:5;3:14,15). E que bênção foi Timóteo, pregando, ensinando e escrevendo!
3 – Lázaro (João 11:1-44) – Ele andou!
O Senhor Jesus deu vida ao morto. Ele é a VIDA e veio para nos dar vida com abundância. Todavia, há um trabalho a fazer para que o recém-vivificado possa andar.
Note que Lázaro tinha os pés e as mãos ligados e o rosto envolto num lençol. Não podia andar nem agir. Precisava de ajuda! Aqui começa o ministério pastoral. Temos que ajudar o novo crente a andar. Em Isaías está escrito: "Este é o caminho, andai nele" (30:21). Há Igrejas que, no dia da sua conversão, entregam ao novo crente um Novo Testamento e outra literatura apropriada que o ajude a caminhar.
Conta-se que, um certo dia, um homem pescava com grande êxito. Tão animado e confiante estava que ao tirar o peixe do anzol não cuidava de o meter no cesto. Por fim pensou: "Bem, já tenho peixe com abundância!" Afinal, nem um tinha ficado. Todos haviam voltado de novo ao rio. Cuidemos dos peixes que o Senhor nos ajuda a pescar. Um peixe que foi pescado uma vez, dificilmente voltará a sê-lo.
Procuremos que o novo crente fique "desligado" das coisas às quais estava ligado na sua "morte" . Contudo, tenhamos sempre em mente que estamos tratando com um "bebé". Nada é pela força (Zac. 4:6) mas sim com uma voz mansa e delicada (I Reis 19:12). Aprendamos com Paulo (Actos 20:31; I Tess. 2:7,11; I Tim.5:1,2). Admoestar = repreender com brandura.
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